Rocha marciana tem composição similar a tipo terrestre, diz Nasa
12 de Outubro de 2012 - 13h02
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A VIDA É CHEIA DE RETRATOS,
CRAVADOS DE TODAS AS MANEIRAS.
TRAGO NA MEMÓRIA AS VEZES QUE ME ACERTARAM COM PEDRAS. SEMPRE FUI BOM AO FUGIR DE BRIGA, MAS, FUI ALVO DE UMAS DUAS OU TRÊS PEDRADAS CERTEIRAS NO QUENGO.
POR VEZES PENSEI SER MARCIANO, PARA FUGIR DOS MOLEQUES DE RUA QUE ME ACERTAVAM. EM MARTE, PENSAVA EU, NÃO HÁ PEDRAS, LEDO ENGANO, HOJE SOFRO DUAS VEZES, AO TOMAR CIÊNCIA QUE EM MARTE AS PEDRAS DOEM COMO CÁ.
QUE DESCOBERTA INFAME.
NO RETRATO DESTA PEDRA, TROPEÇOS MINHAS MEMÓRIAS DOÍDAS, AGORA SEM DESTINO, JÁ QUE MARTE...

TRAÍRA NO JANTAR
Na milenar sabedoria dos TAPUIAS está a solução para CONVIVÊNCIA com a seca. Fenômeno comum ao semiárido nordestino, a estiagem faz parte do aprendizado deste povo guerreiro que sofre as intempéries e resiste como pode.
O modelo desenvolvimentista ocidental NÃO RESPEITOU as condições naturais desta terra. Arrogantemente, o europeu invasor investiu em técnicas que não convivem com a seca, como a criação de gado bovino, por exemplo, daí o grande número de mortes e imagens deprimentes que alguns, equivocadamente, fazem questão de divulgar, repetindo um discurso obtuso da década de 20 e sem propor AÇÃO DE CONVIVÊNCIA a partir das técnicas milenares dos NATURAIS DESTA TERRA.
PREFIRO VER O SERTÃO COM O OLHAR TAPUIA, que convive com as condições naturais e em meio a tanta sequidão recorre a HERANÇA CULTURAL, pescando traíras, fazendo pirão para o jantar.